Núcleo de Mediação de Conflitos em Costa Rica comemora quatro anos de atividades
28/09/2021
Conflitos são inerentes à vida em sociedade, especialmente quando vivenciamos transformações de ordem política, social, econômica e cultural. A solução deles por meio do consenso entre as partes tem sido uma prioridade em várias cidades, como Costa Rica (MS), uma das pioneiras no estado a criar o Núcleo de Mediação de Conflitos Investigador Maurício Bortoluzzi Cadore. Fruto da parceria entre a Atvos e o Poder Público Estadual, através da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Prefeitura Municipal de Costa Rica, a iniciativa completa quatro anos neste mês de setembro.
O projeto foi implementado no município costarriquense, que conta com cerca de 21,5 mil habitantes, para solucionar desentendimentos e impasses dos moradores da região, evitando assim a judicialização de processos e implantando a cultura de pacificação. Desde sua inauguração, em 2017, o Núcleo já atendeu cerca de 1.900 pessoas, cujos casos tiveram uma taxa de resolução acima de 90%.
A Atvos e a Prefeitura de Costa Rica foram as principais apoiadoras para a instalação do Núcleo, que é coordenado por Maria Augusta Dias. Desde 2017, a empresa de bioenergia, por meio do seu programa socioambiental Energia Social, já investiu cerca de R$ 100 mil na iniciativa, contemplando a construção do prédio que fica anexado à Delegacia de Polícia Civil da cidade, e o treinamento de cerca de 60 voluntários para atuarem como mediadores desses desentendimentos.
“Desde que a empresa chegou em Costa Rica, buscamos contribuir com ações que visem melhorias para a comunidade em diferentes aspectos. Poder acompanhar o sucesso desse projeto nos deixa bastante realizados e confiantes de que estamos no caminho certo para o cumprimento do nosso propósito”, diz o gerente de Pessoas e Administração da Unidade Costa Rica da Atvos, Chafick Fair Luedy, que esteve presente na cerimônia de comemoração dos quatro anos do projeto, realizada nessa sexta-feira, 24, juntamente com o prefeito de Costa Rica, Cléverson Alves dos Santos, e o delegado Caíque Ducatti.
Em geral, os conflitos são divergências que envolvem acordos comerciais, incômodos na vizinhança, apropriações indevidas de bens e imóveis e questões familiares, entre outros. Para atender às demandas, atualmente, o Núcleo, que recebeu o nome de Maurício Bortoluzzi Cadore, policial civil falecido no dia 19 de fevereiro de 2014 em um acidente de carro, conta com cerca de 15 voluntários na linha de frente das mediações, em conjunto com a coordenadora.
“Há quatro anos, o Núcleo busca solucionar os desentendimentos antes que eles partam para esferas superiores, como Delegacias, Fóruns e Ministério Público. E a população é a maior beneficiada, pois, na resolução de um conflito, se as partes forem logo localizadas, o processo nem chega a durar uma semana. Ou seja, o desgaste é muito menor do que se o processo fosse para a justiça comum, o que poderia demorar meses ou anos”, explica a coordenadora Maria Augusta Dias.